quarta-feira, 27 de janeiro de 2010

não sei ainda. acho mesmo irrelevante - disfarço pra não sentir o peso de seguir sendo aquela de traquéia, vazia, sabe? aquele aperto de quem não está faz tempo... é que de repente eu carrego mais do que um feto. vejo, por frestas que gritam, todo o medo vagando arredio por algum trecho escuro entre meu estômago e a minha alma. criando manchas. pegando apego mesmo. traçando pontes entre o que nem deveria ser uma junção, de um jeito desastrado... até mesclando cores feias.
esconjurei! praguejei, malogrei. aquela vista opaca de quem vê o nada com as mandíbulas impedidas. faz-se indevido cílio sequer e o corpo desaba. feito marionete sem dono. desmonta dengoso. deixo os dentes cerrados por prudência.
segura, vida. mais que forte.
fé que o santo deve mesmo ter algum poder de cuidar desses bichos: eu. e a possibilidade.

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