se faz de oca
essa coisa
que mastigo
quase que
um castigo vazio...
quase que
um motivo transparente.
há qualquer esperança
(urgente) sendo sincera
nessa carne
covarde
disfarço maltratando o tempo.
não quero ver crescer em mim
algum amargo
nem me vestir de casulos brandos
e revoltos por condescendência
ou me entregar apático à apatia
se mesclo tudo
nesse pedaço de pele
não quero ser pequeno!
não posso
ser obtuso!
me apeguei enfim
a uma impressão substanciosa
e nata
que engole tudo
envolta de atração e nojo
opaco, estou cansado,
desboto qualquer galgar
que me faria colorir
o tédio de viver e nada
e de onde concluir
algum desejo?
se despejei n'alguma coisa
feita de folha ou de gente?
e rasguei abismos previstos
com o peito despido de medo?
com um absurdo ladrado?
arrasto essa sede de mundo
(tempo, estou cansado)
quase no escuro,
há uma senóide de palavras
que miam
e eu, bicho qualquer
adivinhando portantos capciosos - em partes.
sou todas coisicas viris...
de coração e medo.
e de repente tudo não me basta.
Nenhum comentário:
Postar um comentário