pela fresta
do estômago fechado
e vivo
o bicho via
por veias
urgentes
esgotadas
coléricas
amórficas
tu e tua espada
empunhada
embainhada
reluzente
com os dentes cobertos
de valentia
tu,
cavalgando
branca
a tua bicicleta
alcançando bravo
o que não há por dentro
vencendo
a escória
do excremento
avançando entre
sobras poros uretra boca tudo
tu com pé no pedal do mundo
rasgando luzes
cegando cão sarnento
lhe negando dores
esconjurando seus restos
vaiados
no fundo do escuro de dentro
dobrando
suas raízes cansadas desmaiadas
berrando até matar
vestindo tudo de cores, mais nada
despindo a tua espada
vazio do meu corpo sadio:
vazio indefeso salutar.
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