boceta que chupou ou senão o coração que se lhe partiu
um tipo do sujeito que não dormesticado em sua cama
ou foi o gemido que lhe zuniu?
na cozinha , a gente trepa apoiado na pia
e toda faca que corta tem dois gumes
amor de fica é o que pica
diz o bom ditado
mais vale um na mão
que dois trepando
mais que um fato, um ato
um ditongo, outro de tanga
um de trouxa, outro de taxo
quem não mama em cima, certamente não mamará embaixo
pra mamar tem que chorar
pra chorar tem que doer
pra doer tem que acabar
pra acabar tem que bater
pra bater tem que olhar
(o olho é uma chaga, o olho em sua chaga)
toma vitamina pra sonhar com a menina
limpa geladeira pra guardar os trem da feira
passa hidrante pra virar um bom pedante
para de ter medo
e meter medo
(pra meter tem que molhar
pra molhar tem que lamber
pra lamber tem que suar)
não sei se vale uma gota
gota vã divã afã
gota pérfida
de amor amor amor amor amor amor
gota viva
esgota
esgoto
mais cospe que engole
esgotada
mais engasga que degusta
as coisas mais belas e porém as mais putas
das pautas e linhas escritas pelo deus que só enxerga
torto por linhas certas
são tortas as linhas
são tortas de galinha
servidas na mesa da cozinha onde a gente também usava trepar de noite
são certas as linhas
certas são as galinhas
servidas na mesa da cozinha onde a gente também trepava o uso de noite
mas sem cortes (nem reis nem rainhas)
mas com cortes
de dois gumes decepando vaga lumes
vagando rasgando vencendo
o fundo escuro do mundo com a bunda
e que as luzes do meu domicilio, não me deixam ver
e que as luzes do meu domicílio não me deixam meter
ou era só a minha sombra, ou era minha sombra só
ou era o nada
minhas mãos segurando o nada
ou o nada segurando minhas mãos
transgredindo mais que chão pra me estender
rasgando mais que céu pra deixar de entender
e aqui vou eu, abaixo sem pára-quedas
pra cima sem propulsão, com gravidade infinita
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