sexta-feira, 4 de junho de 2010

amarelo frágil

cada separação

as páginas

a distância das ruas

da infância

a sombrinha cor de rosa

de bolinhas amarelo frágil

a moldura dos espelhos

e dos quadros

e das portas

e lençóis e fronhas

teto e guarda-roupa

e a luz entrando devagar

pelas frestas da cortina da sacada

e os livros e as coisas

e as paredes por trás das memórias

de todos os seus beijos tímidos

amarelo frágil

e eu, e as lentes do meu ray-ban.

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